A computação de borda é uma arquitetura e topologia de TI distribuída e aberta na qual servidores, processadores e matrizes de armazenamento de dados são posicionados o mais próximo possível das pessoas que precisam acessar, usar ou consumir informações. Além disso, a distância não é necessariamente baseada na geografia. Em vez disso, ela geralmente é determinada pela conveniência do roteamento.
De acordo com Sam Tenorio III, CEO do Optimus Technology Group, especializado em design, implementação e suporte de redes virtualizadas, data centers e soluções relacionadas.
Há cinco benefícios principais da computação de borda: latência reduzida, resfriamento mais barato, segurança aprimorada, escalabilidade e maior continuidade dos negócios. Cada um deles é discutido brevemente a seguir.
Latência reduzida
O benefício mais importante e, para muitas empresas, o mais essencial da computação de borda é que ela permite que os dados sejam processados e armazenados mais rapidamente do que por meio da topologia convencional, o que pode significar a diferença entre uma experiência de usuário positiva ou frustrante. Tomemos como exemplo os sistemas inteligentes de iluminação pública, que aproveitam a computação de borda para avaliar as condições ambientais em tempo real - como níveis de luz, neblina, poluição, etc. - e ajustar automaticamente a iluminação para proporcionar condições mais seguras para motoristas, ciclistas e pedestres. Se a latência se tornar um obstáculo, a condição ambiental predominante poderá se dissipar ou mudar no momento em que a iluminação for ajustada, tornando-a inútil, na melhor das hipóteses, e perigosa, na pior.
Resfriamento menos dispendioso
A maioria das pessoas fora do mundo da TI ficaria surpresa, se não chocada, ao perceber o quanto custa evitar que grandes data centers superaqueçam e basicamente enviem grandes quantidades de dados - sem mencionar milhões de dólares em hardware e outras infraestruturas - para os ares.
A boa notícia é que essa ameaça é tratada por meio de resfriamento em nível industrial. A má notícia é que isso é muito caro. A computação de borda pode ajudar a reduzir os custos, pois permite que as empresas resfriem vários data centers menores em vez de um único grande. Fundamentalmente, qualquer abordagem à computação que seja feita de forma mais eficiente reduzirá a carga de processamento, o que, por sua vez, reduzirá o consumo de energia e, consequentemente, os custos de resfriamento.
Segurança aprimorada
A computação de borda posiciona os aplicativos, o armazenamento e o processamento de dados em vários data centers e dispositivos, o que torna mais fácil e simplificado para as empresas fortalecerem as vulnerabilidades sem colocar toda a rede off-line. Além disso, mais dados são processados em dispositivos locais, o que significa que menos dados são transmitidos para os data centers.
Mesmo que agentes mal-intencionados comprometam um dispositivo, eles não terão acesso ao conteúdo de um servidor centralizado. Como resultado, os dados devem ser criptografados por meio de vários métodos de criptografia, e as empresas precisam mudar de uma infraestrutura de infosec centralizada de cima para baixo para um modelo de confiança descentralizado.
Escalabilidade
A construção, a manutenção, a segurança e a atualização de grandes data centers são caras. A computação de borda permite que as empresas tenham a infraestrutura de computação, armazenamento e análise de que precisam, mas em um nível de custo viável e sustentável.
"A computação em nuvem ajuda as empresas a evitar pagar por mais capacidade de computação do que precisam", comentou Sam. "Elas podem se ajustar e se adaptar com base em requisitos variáveis e visar novos mercados sem serem obrigadas a expandir sua infraestrutura."